Atividade 1.1, Leila Marchon "Quem sou como professor e aprendiz?"

Sou uma pessoa esperançosa de que as condições atuais da Educação mudem para melhor rapidamente. Acho necessário que haja um salto, um upgrade, por assim dizer. E isso não só com relação às “salas de aula”, mas principalmente, no que diz respeito a uma remuneração (valorização) digna para o professor. Tenho visto na minha trajetória, professores muito insatisfeitos e até já ouvi expressões bizarras, tais como: “Pra que eu vou me gastar com estes alunos? Eles serão jardineiros, porteiros e empregadas domésticas mesmo.” Ou até: “Eu não ganho pra isso”! Nossa! Que coisa triste! Mas se pensarmos direitinho, é fato que a pessoa dá o que recebe. Se o professor se sente desprestigiado, é mal remunerado e não tem recursos pra ver os resultados que ele próprio gostaria de obter com o seu esforço, ele fica frustrado e conseqüentemente isso acaba aparecendo, direta ou indiretamente, no seu trabalho. Esta é a raiz do problema que chamam de “evasão escolar, baixa qualidade do ensino”.
Essa iniciativa do Governo de equipar as escolas e dar aos professores, um notebook, é muito válida. É um avanço. A capacitação disponível também é de extrema importância, mas é só o começo.
Aprendi que não devo me espelhar em ninguém e que apesar das dificuldades e, em alguns casos de más influências, sei que o meu alvo é dar o melhor pra cada criança e que preciso continuar aprendendo sempre a lidar com situações novas e, às vezes, adversas, porque o mundo não pára e as descobertas não param, a tecnologia avança muito mais rápido do que conseguimos acompanhar. O processo ensino-aprendizagem não é simplesmente uma escolha, se faz obrigatória em muitos setores de nossas vidas e quanto mais aprendermos, mais capazes seremos de realizar o nosso trabalho.